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Marcas de consumo vão para a prateleira e farmacêutica cresce
A Hypermarcas decidiu colocar na “prateleira“ 26 marcas de sua divisão de bens de consumo. “Enxugamos de 60 para 34 marcas para concentrar em portfólio que faz mais sentido para a companhia“, diz Nicolas Fischer, presidente dessa área.
Na ponta do lápis, significa que a empresa reduziu em 40% o volume de marcas e apresentações desses produtos. As 60 marcas, que representavam 2.034 apresentações (diferentes formatos e tamanhos, por exemplo), recuaram para 34, com 1.224 apresentações. “Decidimos retirar marcas que tinham apelo regional e colocá-las no armário, nas podemos relan çá-las no futuro“, diz Fischer. “Muitas delas, como a Biorene e Plim Plim, foram adquiridas no histórico de aquisições.“
Segundo ele, o impacto sobre as vendas com a saída dessas marcas é pequeno, uma vez que a maioria tinha baixas margens, pouca representatividade.
No ano passado, a divisão de consumo encerrou com faturamento de R$ 1,79 bilhão. O negócio farmacêutico está avançando e encerrou o ano passado com receita de R$ 2,07 bilhões.
Inovação. Se em consumo algumas marcas foram para o armário, a meta na área farmacêutica é expandir as suas. A companhia, que é líder em vendas de medicamentos isentos de prescrição e uma das maiores em genéricos, tam bém quer avançar em produtos de prescrição médica e dermocosméticos. O novo alvo são os medicamentos inovadores, afirma Luiz Violland, que comanda a operação.
Embora a palavra de ordem seja crescer, a divisão farma não planeja aquisições. Segundo Violland, a empresa começou a inv estir em pesquisa e desenvolvimento (P&D), que terá seus primeiros resultados nos próximos anos. A empresa está investindo em inovação incremental (melhora de moléculas), desenvolvimento de genéricos e similares. “A gente quer crescer com rentabilidade, sem comprar market share.“
A partir de 2014, a companhia vai aumentar em 30% seu exército de propagandistas para visitação médica para divulgar seus medicamentos. Os produtos da empresa ganharam as ruas, com maior penetração em grandes redes varejistas.
Se a propaganda é a alma do negócio, Ronaldo, o Fenômeno, continuará em 2014 para divulgar os genéricos. “Ele é um fenômeno de vendas“, diz Claudio Bergamo, presidente da companhia. Especialistas do setor discordam, contudo, que propaganda de genéricos se traduza em receita. O atual braço de inovação da companhia é a Bionovis, joint venture com a EMS. União Química e Aché, para produzir remédio biossimilar (cópia dos biológicos). /MS
Fonte: O Estado de S.Paulo