Tribunal dos EUA condena Takeda e Eli Lilly a pagarem 9 mil milhões de dólares

 Um júri dos EUA condenou a Takeda e a Eli Lilly a pagarem um total de 9 mil milhões de dólares em danos morais depois de considerar que as empresas esconderam os riscos de cancro associados à terapia para a diabetes Actos® (pioglitazona). O júri também concedeu uma indenização ao autor da queixa de quase 1,5 milhões de dólares, naquele que é o primeiro processo federal relacionado com o medicamento a ir a julgamento, avança o site FirstWord Pharma.


Especificamente, o júri condenou a Takeda a pagar danos morais de 6 mil milhões de dólares, com os restantes 3 mil milhões de dólares a serem pagos pela Eli Lilly, a sua parceiro de marketing do Actos® nos EUA entre 1999 e 2006. O queixoso alegou que desenvolveu cancro da bexiga depois de tomar Actos® durante mais de cinco anos, alegando que os executivos da Takeda ignoraram ou minimizaram as preocupações sobre a ligação do medicamento com cancro e enganaram os reguladores sobre os seus riscos. Os jurados consideraram que a Takeda e a Eli Lilly “falharam em avisar adequadamente” sobre os “riscos de cancro da bexiga associados ao Actos®”, enquanto os executivos das farmacêuticas “agiram com devassa e descaso“ em relação à segurança dos pacientes na sua utilização do fármaco.

 

Em resposta à decisão, Kenneth D. Greisman , conselheiro geral da Takeda, disse que a farmacêutica “ discorda respeitosamente da sentença e pretende [...]desafiar vigorosamente este resultado através de todos os meios legais disponíveis, incluindo possíveis movimentos pós-julgamento e um recurso“. E acrescentou: “Acreditamos que as evidências não suportam a conclusão d e que o Actos® causa [...] cancro da bexiga“.

 

O julgamento começou a 3 de Fevereiro no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste de Louisiana, onde mais de 2.700 processos contra o Actos® foram consolidados para intercâmbio de informações pré-julgamento. Em três julgamentos anteriores relacionados com o Actos®, as sentenças foram a favor da Takeda, com os jurados estaduais de Las Vegas, mais recentemente, a rejeitarem as alegações de que a empresa não conseguiu avisar adequadamente os consumidores sobre os riscos da terapia.

Fonte: RCM Pharma