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Projeções de câncer colorretal preocupam especialista
A projeção do aumento dos números de câncer de cólon e reto no país, no próximo ano, preocupa especialistas. A“Estimativa 2014 - Incidência de câncer no Brasil“, lançada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), calcula que 17.530 mulheres serão afetadas. Entre elas, a marca superará a dos casos de colo de útero pela primeira vez, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e de pele não melanoma. O problema também atingirá 15.070 homens, que sofrerão maior incidência dos cânceres de pele, próstata e pulmão. Considerando que o de pele raramente é letal, o quadro muda. No total, com todos os tipos da doença, são previstos 576.580 novos casos.
No anúncio da estimativa, semana passada, o Ministério da Saúde informou que ouvirá especialistas antes de adotar medidas de rastreamento e diagnóstico do câncer colorretal, como o aumento dos exames de fezes para verificar a presença de sangue. O exame mais apurado, a colonoscopia, rec onhece a lesão e, quando esse pólipo benigno é retirado do intestino, pode eliminar o risco da doença. Para os médicos, em função da incidência da doença, um rastreamento populacional com a pesquisa de sangue oculto (exame imunológico) é mais do que urgente.
Sempre que possível recomenda-se a realização da colonoscopia. Em pacientes sem risco genético da doença, ela deve ser feita após os 50 anos. O oncologista Roberto Gil, que atua no Inca e na Oncoclínica, no Rio de Janeiro, observa que, nas pessoas com histórico de câncer na família, o exame pode ser antecipado.
“Não adianta só o exame de s angue oculto nas fezes na detecção do problema, é necessário complementá-lo com a colonoscopia, para os indivíduos que precisarem. Mas hoje, tanto no atendimento público como na saúde supl ementar, a colonoscopia é difícil de ser realizada. Existe uma lacuna entre a necessidade do exame e a sua efetiva realização. É preciso investir no fluxo completo dos exames, não basta fazer o primeiro levantamento para determinar quem precisa passar à outra fase sem dar sequência ao atendimento”, avisa Roberto Gil, que é especialista em câncer na região gastrointestinal.
Fonte: Revista Fator Brasil