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Pesquisadores encontram trava-línguas considerado o mais difícil
Uma equipe internacional de pesquisadores que investigava como o cérebro e a língua se articulam quando tentam dizer trava-línguas chegou a um conjunto de palavras considerado dificílimo de repetir. Os voluntários que participaram do estudo tiveram dificu ldade surpreendente de repetir dez vezes as palavras inglesas “pad kid poured curd pulled cod”. Eles não deram conta de dizer a lista repetidamente. Alguns simplesmente travaram e não conseguiam mais falar as palavras.
“Se alguém conseguir dizer essa frase dez vezes rapidamente, ganha um prêmio”, brincou a psicóloga St efanie Shattuck-Hufnagel, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Além do MIT, participam da pesquisa os Laboratórios Haskins, de Connecticut, a Universidade Ludwig-Maximilian, de Munique, na Alemanha, o Wellesley College, de Massachusetts, e a Universidade do Sul Califórnia.
Ao analisar as gravações dos trava-línguas, os cientistas notaram que nem sempre as pessoas apenas trocam letras ou sílabas. Há diferentes tipos de equívocos que ocorrem nas pronúncias. Eles verificaram, por exemplo, que quando os voltuntários repetiam listas de palavras, eram comuns situações em que eles tentavam pronunciar consoantes intermediárias que se confundiam.
Por exemplo, ao repetir rapidamente as palavras “top cop”, acontecia de eles logo começarem a dizer uma mescla de “t” e “c”, que ficava como “t-cop”. Já quando as mesmas palavras estavam numa frase que tem algum sentido, os participantes da pesquisa terminavam por tender a criar uma sílaba inexistente, dizendo algo como “ta- cop”, de forma mais pausada.
Os autores acreditam que isso pode ser um indício de que o cérebro planeja de maneiras diferentes como vai dizer as palavras, dependendo de se se trata apenas de uma lista, ou se estão numa frase com um sentido. De qualquer forma, como os dois tipos de erros acabam acontecendo nos dois casos, é provável que haja uma coincidência nos processos cerebrais que coordenam a fala em ambos os casos.
Fonte: Do G1, em São Paulo