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Exercícios aeróbicos estimulam a criatividade
RIO - Exercícios aeróbicos feitos de forma regular estimulam o pensamento criativo, revela um novo estudo da Universidade de Leiden, na Holanda. De acordo com o trabalho, assinado pelo psicólogo cognitivo Lorenza Colzato, as pessoas que praticam exercícios por ao menos quatro vezes por semana são mais criativas do que aquelas que levam uma vida sedentária.
Os voluntários que se exercitavam com frequência (faziam longas caminhadas, corriam ou andavam de bicicleta) obtiveram resultados melhores numa série de testes cognitivos propostos pelo professor no estudo.
— A literatura sugere que pessoas criativas algumas vezes usam os exercícios para superar bloqueios mentais ou falta de inspiração — afirmou psicólogo em entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”. — De fato, autores como Henry James e Thomas Mann costumavam caminhar antes de começar a escrever.
Segundo o especialista, no entanto, o exercício só ajuda na flexibilidade do raciocínio quando o corpo já está acostumado às atividades físicas.
— Se não for assim, grande parte da energia necessária para o pensamento criativo acaba indo para o movimento — explicou Colzato. — Mas o exercício regular pode, sim, agir como um estimulante do sistema cognitivo, promovendo a criatividade de uma forma barata e saudável.
No estudo, os participantes foram estimulados a determinar usos alternativos para objetos cotidianos, como um lápis. Testes em que os voluntários devem achar uma relação entre três palavras diferentes também foram usados.
— Comparamos os resultados daqueles que se exercitavam pelo meno s quatro vezes na semana com aqueles que não praticavam exercícios regularmente — afirmou Colzato ao periódico britânico. — Descobrimos que os que se exercitavam com regularidade tinham uma performance melhor. Acreditamos que os exercícios físicos treinam seu cérebro para se tornar mais flexível na busca por soluções criativas.
O efeito, no entanto, dura pouco. De acordo com os especialistas, ele cai drasticamente quando as pessoas estão em repouso. O estudo foi publicado na revista “Fronteiras da neurociência humana”.
Fonte: O Globo