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Medicamentos experimentais baixam colesterol LDL, diz pesquisa
Estudos apresentados no encontro do American College of Cardiology, que acontece em Washington (EUA), mostram que novas drogas são eficazes para reduzir o LDL, o colesterol “ruim“.
Os medicamentos são anticorpos que têm como alvo uma proteína (PCSK9) presente no fígado e no intestino e que destrói receptores de LDL nas células. Esses receptores se encaixam no colesterol ruim e o tiram de circulação.
Ao impedir a ação da PCSK9, é possível baixar o LDL no sangue. Pessoas com mutações genéticas que levam à redução dos níveis da proteína no sangue têm colesterol mais baixo.
Drogas com essa ação são alvos de estudos de diversas farmacêuticas. O evolocumab, da A mgen, por exemplo, é injetado a cada duas semanas ou uma vez por mês.
Um dos estudos de fase 3 que foi apresentado no congresso e publicado no “New England Journal of Medicine“ mostrou que o medicamento reduziu o colesterol em até 62% em 901 pacientes que usaram a terapia por um ano. Os efeitos colaterais mais comuns foram infecções respiratórias, gripe e dor nas costas.
A droga tem concorrentes. O medicamento alirocumab, desenvolvido pela Sanofi e pela Regeneron, reduziu o colesterol em 50% quando comparado com o placebo. A Pfizer mostrou ainda que a droga bococizumab baixou o colesterol em até 67% quando combinado com as estatinas em estudo de fase 2.
Mas ainda há dúvidas sobre a segurança dos medicamentos. No mês passado, a FDA (agência que regula remédios nos EUA) pediu que a Sanofi e a Regeneron considerassem efeitos neurocognitivos que sua droga poderia causar.
Os novos medicamentos podem ser especialmente úteis para pacientes que não toleram as estatinas ou têm predisposição genética para ter colesterol alto.
Assessoria de Comunicação CRF-SP