Novo exame pode prever casos de pré-eclâmpsia na gravidez

 Teste avalia nível de proteína na placenta e evita que a forma mais complexa de hipertensão cause problemas para mãe e bebê Doença afeta rins, fígado e cérebro da gestante, causando complicações no feto, como nascimento prematuro, de baixo peso e natimortos

Teste avalia nível de proteína na placenta e evita que a forma mais complexa de hipertensão cause problemas para mãe e bebê Doença afeta rins, fígado e cérebro da gestante, causando complicações no feto, como nascimento prematuro, de baixo peso e natimortos LONDRES - Um novo teste pode preve r casos de hipertensão durante a gravidez através do nível de proteína na placenta, segundo estudo publicado na revista “Circulation”, da Associação Americana do Coração. 

No período de gestação, a pressão alta pode levar à pré-eclâmpsia, uma forma mais complexa do problema, que afeta os rins, fígado e cérebro da gestante, causando complicações no feto, como nascimento prematuro, de baixo peso e natimortos. No Brasil, segundo dados da última pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, feita por telefone em 26 capitais e DF em 2011, 22,7% dos adultos têm p ressão alta, doença que causa 9,4 milhões de mortes por ano no mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas. - O exame serve para diferenciar mulheres com pré-eclâmpsia daquelas que têm apenas pressão alta. 

Os testes atuais só detectam que está acontecendo, mas não preveem o problema, que pode ser diagnosticado quando já tiver afetado algum órgão - explica a clínica Lucy Chappell, PhD em Obstetrícia no King\'s College em Londres. 

O estudo foi feito com 625 pacientes de vários centros no Reino Unido e, dessas, 61% desenvolveram pré-eclâmpsia. Mulheres com níveis baixos da proteína do fator de crescimento placentário (P1GF) tiveram o problema: quando o nível de proteína é menor que 100 pg/mL com 35 semanas de gravidez, o bebê deve nascer em 14 dias, segundo os pesquisadores. Em uma gestação normal, o nível da substância é de 100 a 3.000 pg/mL e não diminui.

Fonte: O Globo