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Pesquisadores conseguem criar músculo em laboratório
Uma equipe internacional de pesquisadores criou um músculo esquelético funcional para a pata de um rato. O desenvolvimento da técnica pode provocar uma revolução no tratamento de pacientes com distrofias musculares.
Os cientistas formaram as células em uma placa para produzir um enxerto, que foi implementado em seguida sobre um músculo esquelético, onde o novo músculo cresceu algumas semanas depois.
As células precursoras do músculo, conhecidas como mesoangioblastos, cresceram em um hidrogel e foram modificadas para produzir um catalisador, que estimula o crescimento dos nervos e de vasos sanguíneos.
Uma vez que as células foram inseridas no hospedeiro, um novo músculo foi criado em semanas, substituindo os tecidos danificados.
— A morfologia e a organização estrutural do órgão artificial são extremamente semelhantes, senão indistinguíveis, de um músculo esquelético natural — conta Cesare Gargioli, biólogo da Universidade de Roma e coautor do estudo, publicado na revista “EMBO Molecular Medicine”.
A engenharia de tecidos do músculo esquelético é um desafio potencialmente considerável para o tratamento de vários tipos de danos irreversíveis ao músculo que ocorrem em doenças, como a distrofia muscular.
Até agora, as tentativas para recriar um músculo funcional fora ou mesmo diretamente inserido no corpo não foram bem sucedidas. Os músculos artificiais normalmente não sobrevivem à transferência para o organismo porque não são criados os nervos e vasos sanguíneos necessários para s uportar sua necessidade de oxigênio.
— Estamos estimulados com o sucesso do nosso trabalho, pois conseguimos fazer crescer um músculo da perna de rato completamente intacto e funcional — comemora Giulio Cossu, membro da Organização Europeia de Biologia Molecular, que também assina o estudo. — Mas ainda estamos estudando uma estrutura pequena. Precisamos conduzir muitas pesquisas até chegar aos testes clínicos.
Fonte: Portal O Globo