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Medicamentos inovadores são caros: há quem venda a casa para viver mais anos
No Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se assinalou na terça-feira, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reforça o alerta para as dificuldades no tratamento e investigação, motivadas pela falta de dinheiro, avança a Rádio Renascença.
O secretário-geral da LPCC garante existirem doentes s em direito, por exemplo, a medicamentos inovadores, que permitem ter mais anos de vida.
“Às vezes custam bastante dinheiro, mas dão uma sobrevivência muito grande ao doente e qualidade de vida. Noutros países já são utilizados e fazem parte do armamentário médico. E, em princípio, deviam estar a ser custeados pelo Estado”, explica Vítor Veloso.
O mesmo responsável contou à Renascença conhecer um medicamento - cujo nome não quis revelar, dizendo apenas que não era experimental - com reais vantagens no cancro da próstata.
Contudo, “quem quiser usá-lo tem de o comprar. Conheço um indivíduo, que neste momento e stá a vender a sua casa para tentar sobreviver mais uns anos. O que é dramático”.
Outro sinal evidente das dificuldades nesta área é o facto de ter duplicado, só no Porto, o número de pedidos de bolsas à Liga.
“Nota-se pela quantidade de pedidos que temos em relação a custear bolseiros, sobretudo nos últimos três meses em que as pessoas se sentem menos protegidas e com grandes possibilidades de não conseguirem essas bolsas”, alerta Vítor Veloso.
Perto de duas mil pessoas ligaram em 2013 para a Linha Canc ro, principalmente para obter informações sobre direitos gerais e sobre a doença oncológica, segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
A Linha Cancro, um serviço de apoio ao doente, familiares e amigos, completa hoje seis anos.
Fonte: RCM Pharma