Surge a maior rede de farmácias do país

 BRASIL ECONÔMICO

No mês passado, Drogasil e Raia anunciaram uma fusão, mas naquele momento Ronaldo Carvalho, presidente do conselho da Drogaria São Paulo, não pareceu abalado com a perda da liderança do varejo farmacêutico, recém-conquistada com a compra do Drogão. A tranquilidade justifica-se: enquanto os rivais uniam forças, ele desenhava os últimos detalhes da associação com a carioca Pacheco para formar uma rede com faturamento de R$ 4,4 bilhões e 691 unidades, cujo acordo foi assinado ontem. A negociação durou um ano, afirma Carvalho.

Apesar de ter retomado o primeiro lugar no ranking de farmácias, o filho de Thomaz Carvalho, fundador da Drogaria São Paulo, agora ficará em uma situação diferente. A Pacheco será a sócia majoritária, com 51% das ações. No entanto, Carvalho garante que a gestão será compartilhada graças a uma cláusula no contrato concedendo poder de veto às duas companhias por 20 anos. Compartilharemos as decisões durante este período. Depois disso, não me interessa saber como será, diz o empresário de 67 anos.

A nova companhia chamada DPSP S/A. terá presença em cinco estados brasileiros e as duas marcas serão mantidas. O presidente do conselho será Samuel Barata, de 80 anos, dono da Pacheco, e o comando do dia a dia ficará nas mãos do executivo Gilberto Ferreira, que ocupava a presidência da Drogaria São Paulo. A criação da nova companhia não envolveu dinheiro, apenas troca de ações.