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OMS: surto mais recente do vírus Ébola já causou 467 mortos
O número de pessoas que morreram na África Ocidental após contágio com o vírus Ébola ascende já às 467, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS), avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital.
Na véspera da reunião de alto nível sobre a epidemia, marcada para quarta-feira, no Gana, a OMS indica ter contabilizado 759 casos de infecção nos três países que, até agora, registaram casos de Ébola: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
O último balanço que a agência das Nações Unidas para a saúde deu a conhecer, a 23 de Junho, contabilizava em 399 os mortos e 635 os casos de infecção.
Na semana passada, a OMS reconheceu que a actual epidemia de Ébola na África Ocidental é a mais grave registada até agora, tanto pelo número de pessoas infectadas e de mortos, como pela ocorrência geográfica em três pa íses em simultâneo.
A OMS reconheceu que a epidemia não está controlada e activou a rede de alerta global, que integra agências internacionais, governos, universidades e outras entidades, apelando ainda a especialistas de diversas áreas que viajem para aqueles três países para ajudar a conter a propagação do vírus.
Ainda assim, a OMS não vê razões para restringir as viagens ou as relações comerciais com os países afectados pelo vírus.
A Cruz Vermelha admitiu hoje que a epidemia do Ébola pode vir a espalhar-se aos países vizinhos, como a Guiné -Bissau, que faz fronteira com a Guiné-Conacri.
O Ébola - nome do rio na República Democrática do Congo onde o vírus foi detectado pela primeira vez, em 1976, ainda aquele país se chamava Zaire - transmite-se por contacto directo com o sangue, fluidos corporais e tecidos de sujeitos infectados, provocando febres hemorrágicas que podem ser fatais.
Após um período de incubação entre 02 e 21 dias, os infectados sofrem um brusco aumento da temperatura, acompanhado por fadiga intensa, dores musculares, dores de cabeça e dores de garganta. Seguem-se vómitos, diarreias, erupções cutâneas, de sidratação, insuficiência renal e hepática e hemorragias internas e externas.
Não existe tratamento nem vacina para combater a infecção, cenário que faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos. Desde 1976, o Ébola causou a morte de pelo menos 1.200 pessoas, entre 1.850 casos detectados. Os surtos mais fortes registaram-se na República Democrática do Congo, em 1976 (318 casos), 1995 (315 casos) e 2007 (264 casos), no Sudão, em 1976 (284), e no Uganda, em 2000 (425 casos).
Fonte: RCM Pharma