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Esclerose múltipla atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo
O número de pessoas a viver com esclerose múltipla em todo o mundo cresceu 10% no espaço de apenas cinco anos, existindo agora 2,3 milhões de pessoas com esta doença degenerativa, avança o jornal Público.
Os dados, citados pela Reuters, fazem parte do maior inquérito a nível mundial realizado até hoje. O trabalho confirma que a doença afecta duas vezes mais as mulheres do que os homens e que está espalhada um pouco por todo o mundo, ainda que a prevalência varie bastante entre alguns países.
A esclerose múltipla é uma doença crónica, incapacitante, que afecta o sistema nervoso central (cérebro e a espinal medula). Como noutras doenças auto-imunes, na esclerose múltipla o corpo torna-se como que num inimigo de si próprio e confunde as células normais com intrusos. Trata-se de uma patologia inflamatória, desmielinizante e degenerativa que interfere com a capacidade em controlar funções como a visão, locomoção e equilíbrio.
A doença ataca a mielina, uma camada de lípidos que envolve e isola as fibras nervosas do sistema nervoso central, e que permite uma comunicação mais rápida entre o cérebro e as outras partes do organismo. Se a mielina for destruída ou alterada, os impulsos nervosos tornam-se mais lentos, ou não são tra nsmitidos de todo. Os sintomas podem ser ligeiros ou graves, variando desde formigueiros nos membros inferiores até paralisia ou perda de visão.
Segundo os dados existentes em Portugal, no país existem cerca de 5500 pessoas com esta doença que se manifesta maioritariamente em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos. A esclerose múltipla tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Dados de vários estudos internacionais estimam que cerca de 85% das pessoas com a doença se queixem de fadiga constante independentemente do seu grau de incapacidade, o que interfere com a sua qualidade de vida e produtividade.
Fonte: RCM Pharma