Jovens são mais suscetíveis ao vício do cigarro que os adultos

 Maxpress

Hoje, 29 de agosto, comemora-se o dia Nacional do Combate ao Fumo, data na qual é reforçada a mensagem do anti-tabagismo à sociedade e os malefícios do cigarro. Este hábito atinge 17,2% da população adulta do país, o que corresponde a 24,6 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os indicadores do vício entre os jovens brasileiros também é alarmante, hábito que se inicia entre 17 e 19 anos. Situação que demonstra que as ações de controle do tabagismo devem ser reforçadas na faixa etária que abrange a população entre 15 e 24 anos, de acordo com a Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab).

O vício do cigarro pode se iniciar como uma forma do adolescente se sentir incluído em determinado grupo. “É um período de construção da identidade, o fumo seria uma tentativa de se encontrar na sociedade”, explica a professora Débora Prata Altenfelder Silva, docente do curso de Psicologia do Complexo Educacional FMU.

Para os jovens, o hábito de fumar remete a algo que não só os insere num grupo, mas também passa a sensação de liberdade, poder sobre si, entre outras características. “O cigarro é o objeto que os adolescentes associam como algo que seja legal e que irá incluí-los junto a determinados indivíduos”, comenta Débora.

Segundo a PETab, 48,6% dos jovens relataram terem visto campanhas pró-tabaco, frente a 38,7% dos adultos. Indicador que aponta que os adolescentes são mais suscetíveis ao fumo do que o restante da população. “Um modo de tentar amenizar esse hábito entre eles seria a formação de grupos de discussão nas escolas e universidades com acompanhamento multidisciplinar e informação técnica, fornecida por meio de publicações”, completa a professora.