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Brasil ajuda a pesquisar “superpílula” para doenças cardiovasculares
Pesquisadores do Brasil e de seis outros países completaram com sucesso a primeira fase de testes de um remédio para prevenir doenças cardiovasculares, como informa reportagem do Jornal Nacional. O produto promete substituir quatro medicamentos para prevenir doenças cardiovasculares, a principal causa de mortes no país.
A superpílula combina um princípio ativo que evita o entupimento de artérias do coração, outro que baixa os níveis de colesterol no sangue e dois para reduzir a pressão. Segundo os pesquisadores, a novidade pode melhorar a vida de 30 milhões de pessoas.
Na primeira fase de testes, feita em sete países, 400 pacientes com risco de sofrerem infarto ou derrame experimentaram o remédio.
“Em todos esses países se viu uma redução de 60% no risco da pessoa sofrer um derrame ou infarto no futuro. E uma redução importante na pressão arterial, no colesterol, no risco da pessoa sofrer esse evento”, explicou o diretor de Pesquisas do Hospital do Coração, Otávio Berwanger.
Os resultados deixaram os pesquisadores esperançosos e eles já criaram uma nova versão do remédio, que começa a ser testada em breve no Brasil e em mais cinco países. Durante um ano e meio, 8 mil pessoas que já tiveram derrame ou infarto vão tomar o medicamento.
Só depois dessa nova pesquisa é que vai ser definida a produção em escala da pílula. Os cientistas já sabem que os efeitos colaterais são semelhantes aos do tratamento atual: sangramento, dor no estômago, dor de cabeça, náuseas.
Mas será bem mais econômico. Segundo o Ministério da Saúde, o novo remédio deve custar, por ano, R$ 205, um quarto do que os pacientes gastam hoje com medicamentos convencionais.
“Sendo positivo, os resultados e tem todas as indicações de que será positiva, em 2013, a gente já introduz ele dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou o secretário Nacional de Ciência e Tecnologia, Carlos Gadelha.