Cafeína é mais prejudicial a rapazes do que a raparigas na adolescência

 A cafeína afeta rapazes e raparigas de forma diferente na puberdade. Um novo estudo da Universidade de Buffalo descobriu que, após a puberdade, rapazes e raparigas experimentam diferentes alterações na frequência cardíaca e tensão arterial após consumir cafeína. O coração dos rapazes é mais afetado do que o das raparigas, avança o iG Saúde.


O estudo também mostrou que as raparigas experimentaram diferente frequência cardíaca e tensão arterial variada ao longo do seu ciclo menstrual. De acordo com os investigadores, esta característica dá mais argumentos para a teoria de que a maturidade sexual muda a reacção do corpo à cafeína. Mesmo assim, os cientistas afirmam que anda é preciso a realização de mais estudos sobre o tema para esta confirmação.

 

“Encontramos diferentes respostas à cafeína dependendo da fase do ciclo menstrual da menina em todo o ciclo menstrual com a diminuição do ritmo cardíaco na fase luteínica e maior pressão arterial na fase folicular”, disse Jennifer Temple, professora do departamento de Ciências do Exercício e Nutrição da Universidade de Buffalo e autora do estudo.

 

As fases do ciclo menstrual são marcadas pelas alterações dos níveis de hormonas. Há a fase folicular, que começa no primeiro dia de menstruação e termina com a ovulação e a fase luteínica, que segue durante a ovulação e é marcada por níveis mais altos de progesterona.

 

Estudos anteriores tinham mostrado que a cafeína aumentava a tensão arterial e diminuía a frequência cardíaca de crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos. Porém, o estudo da Universidade de Buffalo descobriu que a diferença de género tem um papel na resposta cardiovascular à cafeína após a puberdade.

 

Nos últimos anos houve uma subida no consumo de cafeína entre adolescentes devido aos refrigerantes e bebidas energéticas. A Academia Americana de Pediatria desaconselha o consumo de bebidas energéticas por adolescentes por elas não oferecerem nenhum benefício à saúde. Mas nos EUA três em cada quatro crianças ingerem cafeína todos os dias.

Fonte: RCM Pharma