Vacina da febre amarela causa reações e prefeitura faz alerta no interior de SP

Prefeitura de Nova Odessa diz que dose tem contraindicações graves.


Já o Ministério da Saúde afirma que a imunização é eficaz e segura.

 

Duas pessoas tiveram reação à vacina contra a febre amarela em Nova Odessa (SP), segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Os pacientes apresentaram febre, dores de cabeça, no corpo e atrás dos olhos, além de diarreia após receberem o medicamento, de acordo com a pasta. O governo federal, no entanto, diz que a dose é segura.

Após o registro dos casos, a pasta iniciou um alerta à população sobre ao risco de reação grave. “A vacina contra a febre amarela pode causar desde uma reação sistêmica que vai de sintomas da doença até uma reação mais grave que pode, inclusive, levar o paciente à morte”, disse a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Paula Mestriner.

Ainda de acordo com a secretaria, o número de doses aplicadas aumentou 233% na cidade, já que semanalmente  a quantidade de pessoas vacinadas passou de 60 para 200, apesar de Nova Odessa não ser considerada uma área de risco.

Procurado pelo G1 para se manifestar sobre os possíveis riscos do medicamento, o Ministério da Saúde a firmou, por meio de nota, que as vacinas contra a febre amarela são seguras e eficazes quando administradas de acordo com as normas do Programa Nacional de Imunizações.

O governo federal disse ainda que a vacina é altamente imunogênica, bem tolerada e raramente associada a eventos adversos graves. No entanto, o comunicado diz que como qualquer imunobiológico, “tem contraindicações e precauções para sua administração“.

Não podem tomar
O ministério afirma que a vacinação é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade e mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses de idade. Pacientes portadores de alguma imunossupressão, seja congênita ou adquirida, gestantes e pessoas acima de 60 anos devem ser avaliados individualmente antes de serem vacinados. Pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo ou gelatina deverão também passar por avaliação médica, conforme o governo.

Surto
Este ano, o Brasil já teve 234 casos confirmados de febre amarela e 80 mortes pela doença, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde. Deste total de óbitos, 70 ocorreram em Minas Gerais, estado mais afetado desde o início do surto.

Transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, o vírus da febre amarela que causa o atual surto no Brasil circula nas áreas rurais, silvestres e de mata, diz o ministério.

 Do G1 Piracicaba e Região