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Insônia crônica pode gerar depressão, ansiedade e falhas de memória
Segundo Instituto do Sono, 45% da população paulistana apresenta alguma dificuldade para dormir.
Noites total ou parcialmente em claro, interrupções de sono ou sensação de não ter dormido. A ocorrência disso pelo menos três vezes por semana ao longo de três meses sugere um quadro de insônia crônica. A definição, usada como base por médicos do mundo todo no combate aos males do sono, pertence ao DSM-5, manual de diagnóstico de transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria (ABP).
“A doença, eventualmente, tem causas bem definidas: problemas de saúde, físicos, psiquiátricos, mentais, neurológicos, do ambiente no qual a pessoa dorme, estresse”, explica o neurologista e pesquisador do Instituto do Sono de São Paulo, Luciano Ribeiro. “Nossa busca é descobrir o vilão da história.”
E os números são de tirar o sono. Segundo o último levantamento realizado pelo instituto, 45% da população paulistana apresenta alguma dificuldade para dormir; destes, 15% sofrem de insônia crônica.
O neurologista do Hospital São Luiz, Álvaro Pentagna, aponta que a enfermidade pode estar associada a quadros depressivos e de ansiedade, como causa ou consequência de ambos. Isso se dá porque “a falta de sono afeta o bom funcionamento do sistema nervoso central e a manutenção do equilíbrio geral do organismo”.
Não raro, a privação de sono acompanha outros sintomas: alterações de humor, dificuldade de concentração, baixa resistência, perda de apetite e da libido, falhas de memória e agressividade.
Fonte: O Estado de S. Paulo