Cientistas buscam algoritmo para indicar risco de doença

 Quatorze cientistas baseados na cidade de Asheville, no Estado da Carolina do Norte (EUA), reviram diariamente os dados de consultas médicas e de exames feitos por 1,7 milhão de brasileiros.

 

O grupo, formado por doutores em matemática e em estatística, busca construir algoritmos capazes de dizer quando um indivíduo desenvolverá uma doença ou a probabilidade de que ele tenha problemas de saúde.

O time é uma das apostas da SulAmérica, quarta maior operadora de saúde do país, para avançar na prevenção de doenças e reduzir o número de internações.

“As doenças estão aí, basta a gente conseguir identificar“, diz Maurício Lopes, vice-presidente da SulAmérica.

O atendimento ao público idoso tem papel de destaque nessa estratégia. Eles são 10% da população de segurados, mas boa parte possui doenças crônicas e apresenta taxa elevada de internação.

Com os dados reunidos pelos cientistas, é possível selecionar os idosos que necessitam de atenção especial e melhorar a abordagem nos programas de prevenção.

Segundo a SulAmérica, hoje idosos que participam dos programas têm 31% de redução na frequência de internação e 25% no tempo que ficam internados. Com isso, há redução de pelo menos 20% nos custos para a empresa.

“Se não tivermos um processo de gestão de saúde robusto e permanente, não teremos sustentabilidade“, diz Lopes. Hoje há 5.500 idosos nos programas. A meta para 2014 é chegar a 12 mil.

Para massificar as iniciativas de prevenção, a empresa lançou uma plataforma de atendimento on-line em parceria com a americana Healthways International. Por meio dela, é possível encontrar especialistas para dar dicas de cuidados pessoais e alimentação. Neste ano, a empresa investirá pelo menos R$ 70 milhões para custear as iniciativas.

 

Fonte: Folha de S.Paulo