Manchas de pele ganham tratamento menos agressivo

 Dois novos tratamentos prometem clarear as manchas que costumam aparecer nos rostos das mulheres, principalmente no verão.


O melasma, causado pela produção excessiva de melanina (pigmento que colore a pele e os pelos), piora com a exposição solar.
Também pode ser desencadeado por alterações hormonais, pílula anticoncepcional, predisposição genética e estresse. É mais frequente em pele morena.

Os cremes foram apresentados no início deste mês no encontro da Academia Americana de Dermatologia, em Nova Orleans, EUA.
Recém-lançados no mercado americano, eles prometem ser uma alternativa aos tratamentos com hidroquinona e ácido retinóico, que podem causar alergia.

O produto mais inovador, segundo especialistas, é um creme à base de uma enzima que quebra a melanina. Como não atua nas células que produzem a melanina (como faz a hidroquinona), não é tóxico e pode ser usado por grávidas, que costumam sofrer com as manchas.

Mas, segundo a dermatologista Denise Steiner, esse tratamento é indicado para manchas mais estáveis, que não estão aumentando, e superficiais. “Pode ser associado a outros tratamentos, principalmente em pessoas alérgicas a hidroquinona.“

Para a dermatologista Flavia Addor, coordenadora de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse creme (o nome comercial é Lumixyl) parece promissor, mas ainda é preciso avaliar melhor sua segurança.

“Temos que ver, na prática, se as manchas voltarão, e como o produto reagirá em cada tipo de pele.“

Já o segundo tratamento, também apresentado no encontro de dermatologia, é um kit com três cremes: um limpa a pele, outro contém moléculas que inibem a enzima essencial na produção da melanina, e outro, com ácido glicólico, clareia a pele e melhora a penetração do creme.

Segundo Luis Antônio Torezan, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, só será possível ver seus efeitos a longo prazo.

“Os cremes parecem ser bons, mas não tão eficazes como os peelings químicos e a hidroquinona“, afirma.
Segundo prega a publicidade do fabricante do Elure, um dos seus componentes se mostrou 17 vezes mais potente que a hidroquinona, em testes in vitro.

Fonte:

Folha de São Paulo

18.02.2011