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Nenhum curso de Medicina alcança o conceito máximo
( O Estado de S.Paulo )
Nenhum dos cursos de Medicina avaliados obteve o Conceito Preliminar de Curso (CPC) suficiente para ser classificado na faixa máxima, de nota 5. Dos 141 cursos que obtiveram algum conceito, 23 - cerca de 16,3% do total - tiveram notas ruins, entre 1 e 2. O restante está nas faixas 3 e 4.
A nota mais alta do País foi obtida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), com conceito 3,64 no CPC. A direção da instituição paranaense comemorou o resultado. O sucesso se deve à qualidade do corpo docente. Há envolvimento significativo nas discussões do Brasil e do exterior sobre a formação“, diz a pró-reitora de Ensino, Ednéia Rossi.
A pró-reitora de graduação da Unesp, Sheila Zambello, que teve o melhor desempenho entre os cursos de Medicina do Estado de São Paulo, afirma que a conscientização dos alunos sobre a importância do exame impacta na nota. “Além disso, o envolvimento dos professores e programas voltados para a graduação reforçam o bom cenário.“ Na opinião do diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, Valdir Golin, o envolvimento dos alunos com a prática médica foi fundamental. O curso da instituição lidera na cidade de São Paulo. O internato em nossos hospitais nos últimos anos sempre foi uma premissa.
Outra ponta. A nota mais baixa - e também o único curso a obter 1 no CPC - foi do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos de Araguari (Unipac), em Minas. A nota foi 0,64. O diretor da Faculdade, José Orleans da Costa, afirma que já esperava o mau resultado por causa de um boicote dos alunos ao exame. Ele afirma que houve um racha entre estudantes e a gestão anterior do curso. Tínhamos problemas estruturais, o que gerou atrito com os alunos. Mas já trabalhamos ao longo do ano.
A Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) foi a pior colocada na capital paulista. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição informou que estranhou os resultados e eles não refletem a qualidade da universidade.