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CFF constata: população não está atenta aos riscos da automedicação
Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano de 2010, segundo aponta o Sinitox – Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas, foram 27.710 pessoas internadas. Somente no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, são 600 ao mês. Apesar da frequência dos casos, a população demonstra não estar atenta aos riscos da automedicação. Foi o que constatou o Conselho Federal de Farmácia - CFF em uma ação promovida em São Paulo, no dia 18 de dezembro. Todo o trabalho foi filmado e transformado em um vídeo que será di vulgado por meio das redes sociais a partir de hoje, dia 20 de janeiro, Dia do Farmacêutico.
Para a produção do vídeo, o CFF se inspirou em uma campanha realizada pela Confederação Farmacêutica Argentina (COFA) contra a venda livre de medicamentos naquele País. O Conselho produziu um medicamento fictício e o distribuiu a mais de 4 mil pessoas, na esquina das Avenidas Paulista e Consolação, um dos pontos mais movimentados da capital paulista. Para dar verossimilhança à simulação, uma tenda foi montada com autorização da prefeitura e um grupo de atores se caracterizou de promotores do medicamento. Observadores verificaram e registraram a reação das pessoas.
Os resultados foram surpreendentes. “A maioria aceitou passivamente o ‘produto’, sem nada perguntar. Quase ninguém (0,35%) quis saber quem era o fabricante. Menos de 1% perguntou se o suposto medicamento tinha alguma contraindicação”, comenta o presidente do CFF, Walter Jorge João. “O maior porcentual de pessoa s q ue questionou alguma coisa sobre o suposto medicamento, quis saber qual era sua indicação (14,96%), o que revela certo interesse pela sua utilização posterior.”
Fonte: Comunicação CFF