A possibilidade da invenção de doenças mentais

  “Infelizmente propaga-se por aí uma falácia”, foi o início de um e-mail recebido de uma leitora indignada com o post Mitos sobre o Suicídio, criticando o artigo por “simplesmente reproduzir dados transmitidos por uma indústria farmacêutica apenas interessada em vender mais remédios”, como ela colocou.

Essa linha de raciocínio parte do pressuposto de que doenças podem ser “inventadas” e que os manuais de categorização de doenças mentais, como o DSM(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e o CID (Classificação Internacional de Doenças, uma publicação da própria OMS – Organização Mundial da Saúde) são definidos por psicólogos e psiquiatras ligados financeiramente a empresas farmacêuticas (que financiam suas pesquisas, por exemplo).

Para o psicanalista Eduardo Rozenthal*, isso é possível sim, porque vivemos numa sociedade contemporânea monista, baseada em apenas um valor, que é o valor capitalista de mercado. Ela substitui a sociedade moderna, que era dualista, oscilando entre o bem e o mal. “Todas as práticas humanas se mobilizam em direção ao maior valor da cultura, que é o valor de mercado. Isso é automático. Não se trata de nenhuma ?teoria da conspiração&rsqu quot;Cell“, o estudo mostrou que 70% das pessoas saudáveis aos 90 anos apresentaram erros genéticos que poderiam levar à doença. Para fazer a amostragem, a equipe do Instituto Wellcome Trust Sanger analisou o sangue de 4.219 pessoas.

O mapeamento feito pelos pesquisadores sugere que 20% das pessoas na faixa dos 50 anos apresentam mutações potencialmente cancerígenas. E esse índice sobe para 70% em pessoas em seus 90 anos.

Um dos pesquisadores George Vassiliou disse à BBC que havia suspeitas de que as pessoas sofriam estas mutações, mas não que seria uma consequência quase inevitável do envelhecimento.

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- Muito mais pessoas do que o esperado começam o caminho em direção à leucemia, mas felizmente apenas alguns o fazem até o fim.

Ele destacou que a descoberta soa como um alerta. Como aumentou a expectativa de vida, isso pode implicar em um aumento significativo no número de casos da doença.

Os pesquisadores também acreditam que uma investigação sobre as referidas mutações podem identificar pessoas com alto risco de desenvolver leucemia e fazer com que no futuro elas sejam alvo de terapias preventivas.

 

Fonte: Portal O Globo