Miomas uterinos: nova terapêutica recentemente comparticipada em Portugal

 Até ao momento, eram poucas as opções de tratamento disponíveis às mulhere s para tratar esta doença e podiam implicar inclusive a histerectomia (remoção cirúrgica do útero). No entanto, está hoje disponível uma terapêutica,recentemente comparticipada em Portugal, que actua deforma prolongada e contínua no tratamento dos miomas uterinos, promovendo redução do volume do tumor, diminuição da hemorragia uterina, correcção da anemia, o que pode ter um resultado muito positivo na vida destas mulheres.


Em alguns casos, devido a esta terapêutica reduzir o volume e tamanho dos miomas, ou até a sua extinção, tem sido possível evitar-se a cirurgia e histerectomia dasmulheres com miomas uterinos. Este tratamento mostra-se eficaz em alguns casos de infertilidade associada aos miomas, possibilitando que as mulheres engravidem após o tratamento.

 “As mais valias associadas ao tratamento médico dos miomas uterinos são a possibilidade de evitar uma cirurgia antes da gravidez ou de proceder a uma cirurgia menos agressiva e com menos riscos de sequelas em termos reprodutivos. Arecuperação rápida da fertilidade após o tratamento com acetato de ulipristal – Esmya® - também é uma vantagem clara sobre a cirurgia de exérese dos miomas uterinos, bem como a diminuição acentuada ou cessação das hemorragias”, afirma Ana Teresa Almeida Santos, presidente Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR), que foi uma das especialistas que teve oportunidade de debater esta temática no 20º Congresso de Obstetrícia e Ginecologia.

 A presidente da SPMR diz ainda que “o congresso pe rmitiu a actualização dos participantes em áreas em profunda mudança permitindo-me destacar a preservação da fertilidade dos doentes oncológicos e mesmo a discussão que se gerou em torno da possibilidade atual de preservar óvulos para utilizar mais tarde, permitindo às mulheres adiar o seu projecto reprodutivo sem necessariamente o comprometer, como ocorreria com o passar do tempo. Não sendo desejável adiar a gravidez para depois dos 35 anos, pelos riscos que isso acarreta, é hoje possível guardar óvulos criopreservados para serem utilizados mais tarde, numa idade em que os óvulos terão já menor qualidade. Isto apresenta na área da reprodução um grande avanço na ciência”.

 No 20º Congresso de Obstetrícia e Gine cologia que reuniu os especialistas foram também discutidos outro s assuntos muito interessantes e valiosos na área da ginecologia e obstetrícia que marcam a importância de discussão de casos de sucesso que se possam reproduzir a outros casos.

RCM Pharma