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Tuberculose: sintomas atrasam procura de tratamento
Tosse e expectoração prolongadas, cansaço, febre nocturna e emagrecimento. Os sintomas passam frequentemente despercebidos e atrasam a procura de cuidados de saúde. Porém, escondem o diagnóstico de tuberculose que, quando revelada, ainda assusta, conta o Correio da Manhã.
“Os doentes lembram-se do tempo dos avós, em que a doença não era tratada e as pessoas ficavam em sanatórios. O tratamento é relativamente recente“, explica a pneumologista e membro do Plano Nacional Tuberculose e VIH, Raquel Duarte. Os números da Organização Mundial de Saúde confirmam a mudança: a morte por tuberculose diminuiu 45% desde 1990. Agora, com diagnóstico atempado e tratamento seguido à risca, a cura “é certa“ e “sem sequelas“. O vírus pode estar instalado em vários órgãos. Os pulmões são o caso mais alarmante, já que a doença se torna contagiosa nas primeiras semanas. “Ao tossir ou falar, o doente liberta partículas que ficam no ar“, explica. Quem mantém contacto prolongado e em locais não ventilados com o doente corre o risco de ficar infectado.
No entanto, há forma de prevenir. “Se identificarmos quem convive com o doente em ambientes fechados, fazemos o rastreio. Quem está infectado faz medicação preventiva“. Também a medicação é o tratamento quando a infecção latente se desenvolve para doença. “Durante pelo menos seis meses, são sete a nove comprimidos, tomados todas as manhãs, num Centro de Diagnóstico Pneumológico“.
A exigência e duração do tratamento podem levar a desistências. “O doente começa a melhorar, mas começa a sentir os efeitos adversos da medicação e a tentação é deixar de tomar“, alerta. Uma situação “perigosa“ por dificultar o tratamento quando retomado.
Fonte: Correio da Manhã