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Brasil pode se tornar 4° mercado de medicamentos no mundo
É curioso que, com um crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de apenas 2,5%, ainda é possivel depara r-se com situações típicas de economia aquecida, como, por exemplo, índices elevados de emprego, aumento de salário real, reajustes de preços dos serviços bem acima da média, importações crescentes, rodovias saturadas, filas de caminhões na entrada dos portos, inflação persistente etc. Alguns economistas diriam que há uma insuficiência de oferta, e não de excesso de demanda.
Por causa de todas essas peculiaridades, algumas multinacionais do setor farmacêutico trabalham com a hipótese de o Brasil se tornar o quarto mercado de medicamentos no mundo, avançando pelo menos três casas no ranking internacional. E isso não teria relação somente co m as compras governamentais (o SUS ultrapassou a Associação dos Veteranos de Guerra dos Estados Unidos como maior comprador isolado de medicam entos no mundo). A formalização dos empregos, a manutenção dos índices de ocupação em patamar elevado, acessos a planos corporativos e a prevenção de doenças relacionadas ao ritmo de vida nos centros urbanos e ao envelhecimento da população levam mais brasileiros a negligenciarem menos com sua própria saúde.
Nos pontos de varejo (farmácias e drogarias) é crescente a participação de produtos de higiene pessoal e beleza. Explica-se: já somos o segundo mercado para xampus – recentemente uma grande multinacional francesa resolveu instalar um centro de pesquisa no Rio de Janeiro por causa da potencialidade do mercado brasileiro, e porque no País temos nada menos que oito dos nove tipos de cabelo encontrados no mundo, devido à imigração de diferentes etnias – e o quarto em cosméticos. O segundo ou terceiro perfume (uma água de Colônia) mais vendido no mundo é brasileiro, devido ao grande volume de vendas domésticas.
Fonte: Saúde Business Web