Pesquisa aponta que cigarro eletrônico pode induzir consumidor à dependência

 Cigarros eletrônicos, e-cigarro, e-cig, e-pipe e outros diversos nomes populares são usados diariamente para a venda e procura dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), produtos que, apesar da comercialização no Brasil estar proibida desde 2009 pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), são vendidos como uma alternativa para a interrupção do uso dos cigarros convencionais. Estudos mostram, no entanto, que o consumo dos mesmos pode induzir à dependência, como qualquer derivado do tabaco.

Em 2016 foi publicado um estudo realizado em parceria entre o Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer (INCA), Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e Anvisa que concluiu que não há evidências científicas sobre a segurança desses produtos.

Apesar da falta do tabaco, os e-cigarros possuem substâncias tóxicas na ponteira dos produtos como: propileno, clicol, nicotina, assim como essências aromatizantes. Todas essas substâncias fazem mal para as vias respiratórias e para o sistema cardiovascular dos consumidores de cigarros eletrônicos.

Não existe comprovação de que esses dispositivos ajudam a interromper o vício causado pelos cigarros convencionais, mesmo com o uso reduzido de nicotina. Há ainda a suspeita de que os fumantes podem transferir o vício para os DEFs.

Outro argumento a ser considerado é o de que os sabores e essências aromatizantes presentes nos e-cigarros agem como atrativo para o público jovem e podem induzi-los ao consumo dos cigarros tradicionais.

Fonte: Jornal da Cidade