Portugal é o oitavo país no mundo onde melhor se come

 Angola está entre os três países com pior alimentação, em particular devido ao custo dos alimentos e à volatilidade dos preços, revela um índice esta quarta-feira divulgado que coloca Holanda, França e Suíça como os três melhores, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.

O índice “Good Enough to Eat“ (“Suficientemente bom para comer“), elaborado pela organização não-governamental Oxfam, avalia a situação alimentar de 125 países do mundo tendo em conta quatro questões: se as pessoas comem o suficiente, se as pessoas conseguem pagar os alimentos, se os alimentos são de qualidade e quais os malefícios na saúde provocados pela alimentação (obesidade, diabetes).

No topo da lista dos que melhor comem estão os holandeses, os franceses e os suíços, enquanto no último lugar está o Chade, antecedido da Etiópia e de Angola, ambos na penúltima posição.

Portugal ocupa a 8.ª posição, ex-aequo com a Irlanda, Itália, Luxemburgo e Austrália.

20 melhores na maioria europeus

Todos os 20 melhores países são europeus excepto um (a Austrália), sendo a ausência de desnutrição e o total acesso a água potável os factores que mais pesam na sua classificação.

Entre os 30 últimos, há 26 países africanos (incluindo Angola e Moçambique) e quatro asiáticos, Laos, Bangladesh, Paquistão e Índia.

No caso de Angola, os factores que mais pesam na classificação são o custo dos alimentos e a volatilidade dos preços da comida, a que se soma a má diversidade nutricional e o reduzido acesso a água potável.

“Angola sofre o nível mais alto de volatilidade dos preços de todos os países no índice, excepto o Zimbabué“, alerta a Oxfam, explicando que os preços elevados dos alimentos impõem um enorme custo humano aos pobres do mundo, que gastam até 75% d os seus rendimentos em comida.

A classificação de Angola no critério da volatilidade dos preços, acrescenta a organização, “reflecte a inflação elevada e instável que tem afectado toda a economia do país na última década, tornando difícil aos angolanos poupar e pagar necessidades básicas, incluindo alimentos.

Fonte: RCM PHARMA