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7 pecados da doença pulmonar crônica em fumantes
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) será a 3ª principal causa de morte no mundo1 em 2020 - um resultado direto dos anos de auge do tabagismo. O tabagismo, incluindo o passivo, é o fator de risco mais comum para a DPOC, causando 85% dos casos da doença no mundo².
São Paulo - Al tamente debilitante, a DPOC é uma doença respiratória crônica prevenível e tratável caracterizada pela obstrução do fluxo de ar nas vias aéreas e destruição do tecido pulmonar, dificultando a respiração.
Conheça os sete pecados da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC):
1. Fumar (fuma, já fumou ou é/foi exposto à fumaça do cigarro)-Inalar substâncias tóxicas é o principal fator de risco da DPOC. Por isso, fumar é a principal causa da doença, já que em cada tragada um fumante inala mais de 4720 substâncias tóxicas e prejudiciais ao organismo. Apesar do número de pessoas que fumam no Brasil já ter diminuído, estima-se que os casos de DPOC aumentem consideralvelmente até 2010, consequência de décadas de tabagismo.
Mas não apenas as pessoas que fumam ou fumaram podem sofrer com a doença. Quem é exposto à fumaça do cigarro, já corre riscos de desenvolver problemas respiratórios, como a DPOC.
2. Achar que falta de ar, tosse e cansaço são “normais da idade”-O primeiro sinal da DPOC pode ser uma simples dificuldade para fazer um esforço que antes parecia fácil. Muitas pessoas passam a subir de elevador, andar pequenas distâncias de carro e não percebem que o cansaço não é somente pela idade. Se você é fumante ou já foi deve realizar acompanhamento com médico pneumologista todos os anos.
3. Não fazer exames - Dados internacionais revelam que 60 a 85% dos pacientes com DPOC leve a moderada devem permanecer não diagnosticados³. No entanto, fazer seu diagnóstico é bastante simples. Basta procurar um pneumologista e fazer um teste rápido, fácil, chamado espirometria, que mede a capacidade respiratória (velocidade do ar ao entrar e sair dos pulmões) em um equipamento chamado espirômetro.
4. Considerar a DPOC uma doença somente de idoso-A DPOC não afeta apenas idosos: a doença atinge principalmente a p opulação com idade acima de 40 anos, podendo, inclusive, ser identificada em pessoas mais jovens, ou seja, no auge de seu poder aquisitivo e responsabilidades familiares.
5. Confundir DPOC com asma - Embora a DPOC e a asma apresentem características em comum, são doenças diferentes com tratamentos e cuidados específicos.
A DPOC manifesta-se comumente após os 40 anos, o tabagismo é o principal fator de risco e a obstrução do fluxo do ar é parcialmente reversível. A tosse é geralmente com catarro, o paciente ratamente apresenta dias sem sintomas e a perda da função pulmonar é progressiva.
Já a asma manifesta-se comumente na infância, de forma periódica e tende a melhorar na fase adulta. A obstrução do fluxo de ar é totalmente reversível e a tosse é usualmente seca e frequentemente à noite. Com tratamento adequado o paciente pode recuperar sua função pulmonar normal.
6. Pensar que uma vez com a doença, não há mais o que fazer-Apesar de não ter cura definitiva, a doença pode ser controlada. O tratamento adequado devolve a qualidade de vida aos pacientes. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor o resultado do tratamento e menor é a perda da função pulmonar. Parar de fumar e mudar nos hábitos de vida é fundamental, além de fazer fisioterapia e adotar o uso de broncodilatadores (que dilatam os brônquios). Medicamentos utilizados uma vez ao dia e com respostas mais rápidas aumentam a adesão ao tratamento e melhoram a respiração no período de maior dificuldade dos pacientes que é pela manhã ao despertar.
7. Achar que não é uma doença grave - Com a progressão da DPOC, fica difícil desempenhar atividades mais leves como caminhar e realizar tarefas domésticas e até ações básicas do cotidiano que se tornam extremamente cansativas, como tomar banho ou fazer a barba. Nessa fase, os pacientes perdem sua independência e o estado emocional debilitado também contribui para o aparecimento da depressão e isolamento social. A DPOC não diagnosticada e não tratada adequadamente pode levar a internações indesejadas, uso de oxigênio em casa e até a morte.
No Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, são cerca de cinco milhões pacientes. A DPOC é a 5ª maior causa de internação no SUS nos últimos dez anos, entre os maiores de 40 anos com cerca de 200 mil hospitaliz ações por ano4. As mortes por DPOC no país chegam a mais de 40 mil por ano.
Fonte: Revista Fator Brasil