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Pesquisa mostra que os brasileiros estão mal informados sobre o câncer
Obesidade e falta de exercício físico são fatores de risco para o câncer.
O tratamento do câncer mudou muito nos últimos anos e a doença é curável na maioria do s casos atualmente.
Entretanto, uma pesquisa da Datafolha, em parceria com a Oncoguia, mostrou que a falta de informação sobre a doença ainda é grave.
Quase 60% da população acham que o câncer é a doença que mais mata no Brasil. Contudo, o brasileiro morre mais de doenças ligadas ao sistema circulatório, como infarto e derrame.
As palavras que primeiro vêm à cabeça dos pacientes diagnosticados com câncer são morte, sofrimento e dor.
É uma doença grave, mas tratá-la como fantasma não ajuda a enfrentar o problema.
A informação adequada é import ante durante o tratamento e principalmente para a prevenção.
“O que preocupa é que quando você tem essa informação inadequada isso acaba interferindo no medo que você pode até ter de buscar uma informação correta.
No medo de você aderir adequadamente aos exames ou até mesmo de você se aproximar ou não, de repente, de uma pessoa que está passando pelo câncer”, explica a presidente do Instituto Oncoguia Luciana Holtz.
Entre as perguntas da pesquisa, os entrevistados responderam que os tipos de câncer mais comuns são mama, próstata, útero e pele.
Na verdade s ão: pele, próstata, mama, aparelho respiratório e de cólon e reto.
Os dois últimos não foram nem citados na pesquisa.
O levantamento identificou mais uma falta de informação. Pouca gente relaciona obesidade e falta de exercício físico a fatores de risco para o câncer.
O desconhecimento atinge pessoas de todas as idades e classes sociais.
A psicóloga Regina Maria Liberato teve câncer de mama, o engenheiro civil Roberto Gouveia de próstata e a empresária Luciana Panzetti Moliterno de ovário.
O conhecimento foi essencial para que eles p udessem enfrentar a doença.
Em 2006, Regina enfrentou dois momentos difíceis: o divórcio em março e o câncer dois meses depois.
Ela tratava de pacientes com câncer em seu consultório psicológico.
Entre os pacientes estava Luciana. Roberto, que não se descuidava da saúde desde que o pai teve câncer, recebeu o diagnóstico bem no começo.
“O médico disse que como eu acompanhava a situação com cuidado, eu estava no estágio inicial e a chance de sucesso era quase que total”, conta.
Fonte: Jornal Hoje - G1