Gigantes e concorrentes, P&G e Unilever se unem em aliança sustentável

 Duas das maiores empresas de bens de consumo do mundo, a anglo-holandesa Unilever e a norte-americana Procter & Gamble, uniram forças com seis outras grandes empresas em aliança pelo uso sustentável de bioplásticos. Juntamente com as companhias do setor de alimentos Coca-Cola, Danone, Heinz e Nestlé, além da montadora Ford e da fabricante de artigos esportivos Nike, as duas empresas vão trabalhar com o World Wildlife Fund para incentivar o desenvolvimento de matérias-primas a serem usadas para o desenvolvimento de bioplástico por intermédio da associação Bioplastic Feedstock Alliance (BFA).

De acordo com a agência de notícias IPS, o objetivo é ajudar a desenvolver plásticos sustentáveis de gêneros alimentícios sem prejudicar a produção de culturas par a a alimentação como cana-de-açúcar e milho.

Várias das empresas envolvidas, incluindo a Unilever e P&G, já estão destinando recursos corporativos para a organizaçã o Plant PET Technology que tem como função desenvolver bioplásticos mais sustentáveis e que não “disputem” com o setor de alimentação.

“O foco principal do BFA será em orientar a seleção responsável das matérias-primas, tais como cana-de-açúcar, milho, junco e gramíneas - usados para fazer plásticos a partir de materiais agrícolas “, diz comunicado da associação. 

Os melhores materiais para a sustentabilidade
O BFA afirma que consumidores de todo o mundo estão se tornando cada vez mais conscientes das questões de sustentabilidade e abertos à ideia de plásticos renováveis. Nesse sentido, gigantes como a P&G, por exemplo, não poderia ficar para trás e começou a se mover em direção aos bioplásticos a partir de 2010.

O grande diferencial dos bioplásticos está no fato de este ser fabricado com matérias-primas renováveis, ao contrário dos p etro-plásticos, cuj a base, o petróleo, é de formação geológica, não-renovável.

Além disso, esta forma de embalagem também tem recebido atenção por ser potencialmente biodegradável. A maioria dos plásticos produzidos com materiais naturais são decompostos rapidamente por micro-organismos em ambientes naturais.

Erin Simon, gerente do setor de embalagens e materiais da WWF, afirma: “Esta aliança irá percorrer um longo caminho para garantir a gestão responsável dos recursos naturais utilizados para atender à crescente demanda por bioplásticos. E é fundamental essa gestão quando se pensa nas próximas gerações e no crescimento rápido da população que deverá acontecer até 2050”. 

Fonte: Cosmética News