ABC discute logística para medicamentos

 Representantes dos sete municípios do ABC apontam sugestões para melhorar distribuição de remédios

São Paulo - O grupo de trabalho do consórcio ABC, que reúne representantes do s sete municípios da localidade, reabriu as discussões com o Governo do Estado de São Paulo para modificação da logística de distribuição de medicamentos de alto custo na região.

O grupo propôs ao Estado duas alternativas para solucionar a limitação na distribuição ocasionada pela centralização do serviço em apenas uma unidade.

A primeira delas sugere a possibilidade de utilização dos equipamentos já existentes, como os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), nos municípios de Mauá e Santo André, além do Hospital São Caetano, para também realizar a distribuição. A segunda opção traz a proposta de uma colaboração financeira por parte do Estado para a criação de estruturas voltadas para essa finalidade na região.

Questionada sobre as mudanças no sistema, a Secretaria Municipal de Saúde de São Bernardo do Campo não informou sobre prazos para implementação das medidas, tampouco qual modelo será utilizado.< o:p>

Gargalo

Por ser a única unidade no ABC responsável pela distribuição, o Hospital Estadual Mário Covas sofre com superlotação. Os pacientes, segundo informações do Diário do Grande ABC, demoram cerca de quatro horas, podendo chegar a seis, durante dias de maior movimentação, para retirar o medicamento.

A Secretaria de Estado da Saúde havia informado, inclusive, que durante a primeira semana de janeiro o número de movimento diário de pacientes havia aumentado de 1.500 para 2.000.

Histórico

Originalmente, o plano para descentralização da distribuição de medicamentos de alto custo pelo hospital teve início em 2014. Na época, as discussões foram paralisadas devido a diversas divergências entre os representantes municipais e o governo estadual. Entre elas, estava o modelo alternativo proposto pelo Estado, que abordava a distribuição dos remédios através de sistema de malotes, que foi rejeitada.

Outra questão à época foi a indefinição dos repasses do Programa de A tenÍ ão Básica (PAB) por parte do governo do Estado, no valor de R$ 3 por habitante/ano, que multiplicada pelos 36 mil beneficiados somava R$ 7,7 milhões. O consórcio cobrava a retomada destes e a ampliação do valor.

O secretário municipal de Saúde da gestão anterior, Homero Nepomuceno, na época, criticou a falta de repasses. “Não são recursos vultosos, mas são importantes. Para a região é muito, mas para o governo do Estado é pouco“.

O projeto, estimado para entrar em vigor em 2015, foi descontinuado em agosto de 2016 e substituído por um sistema de distribuição trimestral dos medicamentos.

 

Fonte: Jornal DCI - SP