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Saúde lança campanha para diagnóstico precoce da hanseníase
Brasília – O Ministério da Saúde lançou hoje (14) campanha educativa de combate à hanseníase. Com oslogan “Hanseníase Tem Cura”, a campanha orienta profissionais de saúde na identificação dos sinais e sintomas visando ao diagnóstico precoce da doença.
De acordo com a pasta, as ações serão concentradas em todas as capitais e em cidades com mais de 100 mil habitantes localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além da Baixada Fluminense, das regiões metropolitanas de São Paulo e de Belo Horizonte e do norte de Minas Gerais. As áreas são consideradas prioritárias por concentrarem a maioria dos casos de hanseníase no país.
Serão divulgados materiais como cartazes, gravações de rádio, outdoors e campanhas na internet para a população em geral e um e-mail informativo para profissionais de saúde.
Em Brasília, uma carreta da Fundação Novartis ficará estacionada até sexta-fe ira (17) na Rodoviária do Plano Piloto. Lá, profissionais farão o diagnós tico da doença e orientarão a população sobre os sintomas. Também serão desenvolvidas atividades em duas estações de trem geridas pela Fundação Vale, nos estados do Pará e no Maranhão.
Balanço divulgado pelo governo indica que três estados registram as maiores incidências de hanseníase do país, com coeficiente de prevalência acima de três casos para cada 10 mil habitantes – Mato Grosso (7,69), Tocantins (5,54) e Maranhão (5,22). Rio Grande do Sul (0,12), Santa Catarina (0,29) e São Paulo (0,34) apresentam as menores taxas de prevalência da doença.
Em dezembro do ano passado, o embaixador especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, lamentou o fato de o Brasil ai nda não ter atingido o patamar estabelecido pelo organismo para errad icação da doença, que é menos de um caso para cada 10 mil habitantes. Ao lembrar os avanços da ciência, que garantiram tratamento e cura, ele enfatizou que é preciso intensificar os esforços para atacar a hanseníase, marcada pela discriminação e pelo estigma.
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil