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Correlatos conquistam consumidor
Não medicamentos já representam mais de 30% do faturamento total das maiores farmácias e drogarias do país.
Com a alta na renda, o consumidor brasileiro faz decolar a venda dos produtos correlatos nas farmácias e drogarias. De abril de 2011 a março deste ano, a categoria movimentou R$ 7 bilhões nas grandes redes vinculadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), índice 27,3% maior do que o dos 12 meses anteriores. O crescimento foi bem superior ao dos medicamentos no mesmo período (17,3%) e ao do faturamento geral, cuja alta chegou a 20,2%.
Os correlatos, que incluem higiene pessoal, perfumaria, cosméticos e também produtos como os de primeiros socorros e ortopedia, já representam 31% do total comercializado pelo varejo farmacêutico. “Já temos observado essa tendência nos últimos cinco anos. Com mais dinheiro no bolso, especialmente entre as classes C e D, tinturas, xampus premium e dermocosméticos passam a integrar a lista de exigências do consumidor”, ressalta Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.
Barreto acredita, porém, que esse número poderia ser até mais significativo, a julgar pelos indicadores apresentados em mercados como Estados Unidos e Inglaterra – onde os não medicamentos ultrapassam 50% das vendas totais, sendo importante elemento de equilíbrio econômico nas margens das redes. “Infelizmente, temos aqui uma acirrada discussão ideológica que visa a proibir a conveniência nas farmácias, o que vai contra o pensamento do consumidor, que busca cada vez mais facilidades na compra e adquirir produtos e serviços em um só lugar”, critica.
Fonte: Fator Brasil