Médicos utilizam pela primeira vez no Paraná técnica inovadora durante cirurgia cardiológica

Procedimento foi realizado para salvar a vida de um paciente com quadro grave de insuficiência mitral.

A válvula mitral é uma estrutura do coração responsável pela passagem do sang ue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. A insuficiência mitral ocorre quando há falha no fechamento da válvula, ocasionando sobrecarga ao coração e o aparecimento da insuficiência cardíaca e sintomas como falta de ar, palpitações, arritmias e outros sintomas.

Para salvar a vida de um paciente com um quadro grave de insuficiência mitral, no último mês, médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba (PR), tiveram que optar por uma técnica inovadora da cirurgia cardíaca, sendo de realização inédita no Paraná. Os cirurgiões cardiovasculares Dr. Roberto de Carvalho, Dr. Rêmulo José R au en Jr e Dr. Gabriel Ottoboni realizaram um procedimento denominado internacionalmente como “valve in valve”, que significa colocar uma prótese dentro de uma já existente.

De acordo com o cirurgião, Dr. Roberto de Carvalho, o paciente já havia se submetido a duas cirurgias cardíacas, em 2002 e 2008. Após seis anos iniciou com sintomas de insuficiência cardíaca. Com este quadro havia a necessidade de uma terceira cirurgia para trocar a prótese mitral. “O risco operatório nesta situação era muito elevado, então fizemos a opção de um procedimento menos invasivo e que tivesse o mesmo resultado de uma cirurgia convencional”, explica o cirurgião.

O médico destaca que a escolha deste procedimento foi decorrente de disfunção da prótese biológica, e em consideração aos riscos que uma cirurgia convencional poderia oferecer ao paciente, como – maior taxa de mortalidade, abertura do peito do paciente pela terceira vez, possibilidade de maior sangramento, piora da função renal, complicações pulmonares, maior tempo de internação na UTI e hospital, entre outros. “Com auxílio da radioscopia, esta prótese ficou posicionada dentro da antiga prótese”, comenta. Os exames cardiológi co s do paciente submetido à técnica demonstraram boa funcionalidade da nova prótese.

Apesar de ainda ser um método novo na área, e o primeiro realizado no Paraná, o cirurgião destaca que os benefícios para os pacientes são evidentes. “Os resultados são animadores, com baixíssimas complicações e, segundo a literatura, os resultados intermediários demonstram melhora na qualidade de vida dos pacientes”, relata.

Fonte: Portal Hospitais Brasil