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Terapia genética destrói tumores de leucemia em três pacientes nos EUA
Oncologista americano diz que com o avanço da genética, há mais esperança para o câncer de mama
Cientistas conseguiram pela primeira vez usar com sucesso terapia genética para destruir tumores de câncer em pacientes com doença avançada - um objetivo que levou 20 anos para ser alcançado.
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia nos EUA usaram células T do próprio paciente para atingir uma molécula encontrada na superfície de células de leucemia. Estas células alteradas foram cultivadas fora do corpo e, então, foram reintroduzidas em pacientes na fase final de leucemia linfocítica crônica, que afeta o sangue e medula óssea e é a forma mais comum de leucemia.
Dois participantes do estudo em fase I tiveram remissão, ou desaparecimento do câncer, por até um ano. Um terceiro teve uma resposta anti-tumoral forte, e seu câncer permanece sob controle. O grupo pretende tratar mais quatro pacientes com leucemia linfocítica crônica antes de avençar para um maior estudo de fase II.
“Nós colocamos uma chave na superfície de células T que se encaixa em uma fechadura que apenas as células cancerosas têm“, disse Michael Kalos, um investigador sobre o estudo, segundo a Reuters.
Os resultados fornecem “um roteiro de ataque ao tumor para o tratamento de outros tipos de câncer“, incluindo os de pulmão e ovários, bem como mieloma e melanoma, disseram pesquisadores.
Os resultados foram publicados na quarta-feira (10) no New England Journal of Medicine and Science Translational Medicine.
Kalos disse que a técnica havia fracassado no passado por ter uma resposta muito fraca ou ser tóxica para o tecido normal.
Nova metodologia
A técnica difere de outras terapias que aproveitam o próprio sistema imunológico do organismo para combater tumores. “Estamos dizendo para esquecer o processo de estimular uma resposta imune. Vamos dar-lhe uma resposta imune“, disse Kalos.
O tratamento parece seguro, mas mais estudos são necessários. Para fazer a terapia genética, os pesquisadores usaram um vírus que só pode infectar as células uma vez. Cerca de duas semanas após a terapia genética, os pacientes começaram a experimentar calafrios, náuseas e febre - causada pelos produtos que levam as células do câncer à morte.
Fonte: UOL