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Após 50 anos, surge medicamento inovador para a prevenção do AVC
Doença que mais mata no Brasil, o derrame pode ser desencadeado pelo tipo mais comum de arritmia cardíaca, que afeta 1,5 milhão de brasileiros.
A cada cinco minutos um brasileiro morre em decorrência do AVC, que mata 100 mil pessoas por ano no País. O acidente vascular cerebral, popularmente chamado de derrame, é a maior causa de morte no Brasil, e pode ser desencadeado por um problema no ritmo do coração – fato ainda desconhecido pela maioria das pessoas.
A boa notícia é que os brasileiros acabaram de ganhar uma nova alternativa para a prevenção do derrame nas pessoas que sofrem de fibrilação atrial. Primeiro de uma nova geração de anticoagulantes orais, Pradaxa (dabigatrana) foi aprovado pela Anvisa com base em estudos clínicos com mais de 18 mil pacientes em todo o mundo.
“De acordo com os estudos, o medicamento previne três de cada quatro derrames decorrentes da fibrilação atrial, índice superior às terapias mais antigas,” afirma o cardiologista Dalmo Moreira, professor titular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo.
Segundo o médico, as principais vantagens de Pradaxa são sua maior eficácia na prevenção do AVC e maior segurança, quando comparado ao tratamento disponível. Os estudos mostraram que o novo anticoagulante reduz em 75% o risco de AVC em relação ao placebo. Quando comparado ao medicamento mais antigo, a proteção de Pradaxa contra o AVC é 35% superior.
Além disso, Pradaxa proporciona mais comodidade para o paciente por ser de fácil utilização, uma vez que não apresenta interações com alimentos e medicamentos, ao contrário da terapia mais antiga. Outro diferencial é que não há necessidade de exames de sangue frequentes para acompanhamento e ajuste de dose, ao contrário da terapia atual.
“A nova geração de anticoagulantes orais chega para suprir as sérias limitações da terapia atual, que incluem interações medicamentosas, alimentares, necessidade de exames de sangue mensais ou até semanais para ajuste de dose e risco de hemorragia”, salienta Dalmo Moreira. “Por conta de todos esses fatores, 85% das pessoas que precisam de tratamento anticoagulante não estão recebendo a terapia adequadamente, correndo risco de sofrer um AVC”, completa o médico.
Fonte: Fator Brasil