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Como identificar uma crise financeira
A importância da gestão administrativa nas farmácias independentes.
Pequenas e médias empresas estão, cada vez mais, fechando suas portas, e o motivo principal está na gestão administrativa uma capacitação só não basta é preciso dedicar tempo a esta tarefa ou delegar a um profissional e aplicar os ensinamentos, é claro que estas informações servem para tomar decisões e “fazer acontecer” sem isso de nada adiantam, a farmácia poderá a qualquer momento passar por uma crise “financeira” que poderá não ter solução.
É no mínimo insano um colaborador imaginar que se a farmácia na qual ele trabalha, vai mal ele terá aumento de salário, benefícios e um futuro profissional promissor. Tenho visto que a principal dificuldade, que leva a crises e falências, é justamente a gestão de recursos, alias, noto que no mercado as farmácias que estão ganhando dinheiro têm como donos empresários administradores e não farmacêuticos. Excelência no atendimento não é suficiente para manter uma empresa, a gestão administrativa deverá ocupar um lugar de honra no dia-dia de trabalho. As empresas costumam “quebrar” e ter dificuldades do “balcão para dentro”. Tendências indicam que o mercado vai dobrar nos próximos cinco anos; precisamos estar preparados, pois isto não significa que iremos ganhar mais dinheiro, ao contrário, podemos ganhar apenas mais trabalho. A farmácia pode ser uma empresa que gera riqueza para seus donos, mas com certeza é o caminho mais rápido para perder tudo o que se ganhou na vida. A conta é simples: tem que entrar mais dinheiro do que sair, mas, simples não é sinônimo de fácil. Temos que aprender a lidar com o orçamento empresarial, que antecipa projeções do comportamento econômico financeiro da farmácia. São as informações desta ferramenta que devemos usar para tomar decisões e criar estratégias de negócio a fim de incrementar o lucro e afastar uma crise financeira. Precisamos saber exatamente onde estamos e aonde queremos chegar, isto só é possível com uma gestão baseada em indicadores que nos permita acompanhar o desempenho financeiro sabendo e quantificando o real resultado, para que se possa responder com precisão as perguntas: Estamos ganhando? Quanto? Estamos perdendo? Quanto? Chega da frase que eu mais ouço: “Eu acho que...”.
Antes de fechar e perder tudo na vida, um empresário tem alternativas como: conseguir recursos e investir, fazer parte de grupos ou associações, conseguir um sócio capitalizado ou mesmo vendê-la. Mas, o que normalmente acontece em mais de 75% dos casos que recebo, é que já é tarde demais, já quebraram, só falta alguém fechar a porta. Definir e classificar alguns conceitos cada empresa pode fazer da maneira que quiser, porém, deve-se ter em mente que o dinheiro que sai tem dois caminhos: um chamado de custos, e o outro, despesas. O primeiro está ligado diretamente à reposição de produtos (fornecedores), geração de produtos (fórmulas manipuladas) ou prestação de serviços(aplicação de injetáveis, verificação de pressão, por exemplo). Já o segundo são os recursos necessários para vender o produto/serviço, ou seja, manter a empresa funcionando, mas, que não estejam ligadas a produção ou reposição de produtos. Saber na ponta do lápis cada um deles é imprescindível. As dificuldades dos empresários são básicas: não controlam despesas que normalmente são altas, vendem a preços “errados”, não sabem o custo da mercadoria vendida (CMV), investimentos “errados”, impostos e taxas pagos em excesso, política de compras e estoques inadequados, descontos desnecessários e perdas exageradas, entre outras. O “ciclo vicioso“ é: a empresa perde o capital de giro, depois deixa de pagar impostos, a seguir sacrifica funcionários e por último, deixa de pagar os fornecedores, aí então...
É importante que o DONO, SÓCIO, GESTOR, tenha conhecimentos básicos na gestão administrativa de uma farmácia ou drogaria. Tenho percebido no P.R.E, programa de recuperação empresarial através do qual atendemos empresas que querem uma consultoria individualizada, que a maioria dos profissionais responsáveis por gerenciar administrativamente uma farmácia ou drogaria, incluindo a área de compras/estoques, das pequenas e meias empresas, não possui qualificação adequada. Não basta só entender de números, é preciso saber como chegar a eles e o que fazer com eles.
Sem educação e capacitação as empresas não sobreviverão!
Sincofarma/SP