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Estudo mostra que exame de urina pode detectar câncer cervical
Levantamento foi realizado com 1.442 mulheres sexualmente ativas.
Eficácia é maior quando a análise é realizada com a 1ª urina do dia.
Um simples exame de urina pode detectar os vírus do papiloma humano (HPV), responsáveis pelo câncer cervical em grande parte dos casos, somando-se ao já tradicional papanicolau, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (17).
Até 80% das mulheres sexualmente ativas foram infectadas em algum momento de sua vida com os HPV, embora apenas entre 10% e 20% desenvolvam uma infecção persistente que em alguns casos pode evoluir para um câncer cervical.
Nos países desenvolvidos, as mulheres devem realizar exames periódicos papanicolau para prevenir possíveis complicações oncológicas.
Após reunir os resultados de 14 estudos que comparam a eficácia dos exames de urina existentes aos papanicolau, os pesquisadores britânicos chegaram a resultados bastante similares, emb ora o papanicolau continue sendo um pouco mais preciso, segundo o estudo divulgado no site da revista \'British Medical Journal\'.
A sensibilidade desses exames é “moderada“ na detecção dos casos positivos e “alta“ na dos negativos. A proporção de casos positivos identificados corretamente foi de 73% enquanto a sensibilidade aos casos negativos foi de 98%.
A eficácia é maior quando a análise é realizada com a primeira urina do dia. Os estudos foram realizados com 1.442 mulheres sexualmente ativas.
“A detecção dos HPV na urina é um método não-invasivo, de fácil acesso e mais aceitável para as mulheres“, ressaltam os autores que acreditam que é possível melhorar a detecção em alguns subgrupos de população feminina reticentes em realizar o papanicolau.
Apesar disso, reconhecem que seus resultados deve ser interpretados com prudência devido às variações existentes entre os estudos e a ausência “de um método uniforme de detecção dos HPV na urina“.
No comentário que acompanha o estudo, os pesquisadores de Manchester indicam que os exames de urina podem representar também alternativas “benéficas e baratas“ nos países em desenvolvimento com carências em suas infraestruturas de saúde.
Fonte: Portal G1